Estudo avança no controle do zumbido

JOSÉ DE PAIVA REBOUÇAS – ASCOM ICe

tinnitus, mais conhecido como zumbido, é um som fantasma criado por nosso cérebro que pode incomodar bastante quando está presente o tempo todo. Em geral, aparece logo após a exposição a sons intensos e pode gerar estresse, ansiedade e depressão. Uma região do cérebro perto do nosso ouvido que funciona de forma muito complexa, chamada de núcleo coclear dorsal (DCN), é apontada como a área que pode gerar o tinnitus, problema que ainda não tem cura e não se sabe como é gerado.

Pesquisas nessa área geralmente estudam o efeito da ativação ou inativação artificial da estrutura como um todo, porém, como os neurônios do núcleo coclear dorsal possuem diversas funções, é necessário um controle mais refinado. Estudo do grupo Audição e Atividade Neuronal, do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (ICe/UFRN), mostra que esse controle mais apurado é possível usando marcadores genéticos que selecionam apenas uma parte dos neurônios para serem controlados. Assim, é possível entender melhor como os neurônios do DCN respondem aos sons.

Neurônios positivos CaMKIIα-ChR2-eYFP no DCN e resposta auditiva do tronco cerebral em animais injetados

Usando luz para modular a resposta ao som de subtipos de células em camundongos selvagens e transgênicos, a pesquisa encontrou supressão de resposta inesperada, atraso de resposta, desinibição e uma nova modulação direta do DCN através do núcleo coclear ventral. Essas descobertas contribuem para uma estrutura de controle do DCN em modelos animais nos quais o objetivo é melhorar o tinnitus.

O trabalho de Thawann Malfatti e Bárbara Ciralli, publicado no periódico eNeuroem Fevereiro, fornece uma base para futuros estudos que investigam o papel dos neurônios do núcleo coclear dorsal no processamento de sons, por exemplo, para entender e tentar tratar o tinnitus

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