Microscópio de sucata chama atenção no estande do ICe na Cientec

Uma lente de aparelho de CD acoplado a um celular e pronto: num passe de ciência o mundo pode ficar até 400 vezes maior. É assim que surge o microscópio de sucata, uma ideia simples que faz muita diferença. A iniciativa do professor Raphael Bender é uma das atividades disponíveis no estande do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (ICe-UFRN) durante a Semana de Ciência, Tecnologia e Cultura (Cientec). O evento acontece no campus central das 8h às 21h, aberto a todos os públicos.

A gênese deste trabalho começou quando Bender fazia doutorado no ICe-UFRN, mas hoje ele ajuda a desenvolver o interesse pela ciência nos alunos de ensino médio do Centro Estadual de Ensino Profissionalizante Lourdinha Guerra, no bairro Nova Parnamirim. A proposta busca empreender o raciocínio crítico que pode ser desenvolvido durante a iniciação científica e tornar objeto de estudo mais palpável para quem está começando a compreender a ciência. “Na escola, estamos construindo todos os nossos equipamentos. Já temos microscópio em todas as bancadas. O mais legal é que o aluno pode levá-lo pra casa para fazer seus trabalhos”, completou o professor.

Além do microscópio, Raphael Bender está desenvolvendo com seus alunos uma centrífuga para preparar material de análise, e um espectrômetro que ajuda a identificar as substâncias químicas de uma determinada solução. O projeto chamado de “Sucata Científica” tem como objetivo democratizar o acesso à ciência a partir de iniciativas simples e provar que é possível fazer ciência a partir de ideias simples.