3° Simpósio da Casa supera expectativa dos participantes

“O ICe é uma inspiração para mim e para várias pessoas de minha geração, pois faz ciência com qualidade internacional e de maneira feliz”. Estas foram as palavras do neurocientista Stevens Rehen, pesquisador da UFRJ e do Instituto D’Or, logo após a palestra de encerramento do 3° Simpósio da Casa. O evento, organizado anualmente pelo Instituto do Cérebro (ICe-UFRN), foi realizado no Instituto Metrópole Digital (IMD-UFRN) nos dias 30 de novembro e 1° de dezembro, com participação de pesquisadores e estudantes da pós-graduação e da graduação.

Diversas palestras e pôsteres foram apresentados nos dois dias de atividades. As apresentações incluíram as últimas descobertas dos grupos de pesquisa do ICe sobre a reprogramação celular, o desenvolvimento do sistema nervoso, incluindo as alterações associadas à síndrome congênita do vírus zika, a sincronização dos ritmos do cérebro e do corpo, a função visual e auditiva, as abordagens experimentais de transtornos psiquiátricos e novos insights os conhecimentos sobre aprendizagem e memória.

Para Rehen, o ICe dá uma aula para os pesquisadores do Brasil, por estar motivado e por fazer ciência de ponta, independente da situação do País. “A comunidade acadêmica nacional precisa enxergar mais a estatura e a qualidade de descobertas científicas do ICe. O Brasil vai ganhar muito se ouvir mais o que vocês estão falando aqui”, enfatizou.

Na visão dos organizadores, o evento foi um sucesso e cresceu bastante. Segundo o professor Claudio Queiroz, o simpósio cumpre seu objetivo inicial ao possibilitar que todos os grupos apresentassem seus resultados. Ele destacou ainda a participação de pessoas de fora da instituição e de outros institutos de pesquisa. “Do ponto de vista da qualidade científica, superou as expectativas. A maioria das apresentações foi de alto nível e diversas delas não deixariam a desejar em eventos internacionais. É muito bom ver que o Instituto está em seu caminho, conseguindo, apesar de todas as dificuldades associadas a atual conjuntura nacional, fazer pesquisas de boa qualidade científica, nas mais variadas linhas de investigação”, disse.

De acordo com a professora Katarina Leão, o nível da ciência foi mais alto que no ano passado. “Fiquei feliz com a qualidade. Todo mundo falou bem em inglês e as palestras estavam lindas. Também fiquei feliz com o nível dos alunos de graduação que estavam aqui participando, para terem ideia de quais laboratórios podem tentar entrar no futuro. É importante para nós que alunos tenham noção de ciência antes de tentarem o processo seletivo. Acho que todo mundo está levando tudo muito a sério e procurando ter coisas novas para apresentar”, complementou.

Lorena Andreole, estudante do Instituto Internacional de Neurociências Edmond Safra, aproveitou o evento para tirar dúvidas sobre as várias pesquisas apresentadas. “Achei significativo observar o panorama da neurociência aqui em Natal. O tipo de ciência de ponta que é feito aqui, com a mesma qualidade do que é feito fora do Brasil. Isso é muito importante”, declarou.

Estudantes da casa também ressaltaram os pontos altos do Simpósio. Elis Brisa, aluna do professor Diego Laplagne, do laboratório de Neurofisiologia Comportamental (ICe-UFRN), disse que foi um momento muito interessante para conhecer melhor o Instituto. “Pudemos conhecer pesquisas que sabemos que existem, mas que não temos acesso no dia a dia, assim como o que está acontecendo de uma forma geral no ICe”.

A professora do IFRN do município de Parelhas, no Seridó potiguar, Daiane Golbert, pós-doutoranda do laboratório do professor Sidarta Ribeiro, acha o evento incrível. “Já participo há três anos e neste ano foi bem robusto. Bem mais do que esperava. Muita novidade e muita gente engajada”, sublinhou. Daiane diz que tem interesse em saber o quanto é possível fazer ciência aqui no RN, que não recebe muito incentivo dos governos para isso.

Na opinião da pesquisadora e servidora técnica do ICe, Fernanda Palhano, o evento foi bem organizado e tem crescido a cada ano. “É importante para que as pessoas não apenas vejam o que os outros estão fazendo, mas que consigam se organizar para mostrar também seus resultados; para que possam discutir isso com outras pessoas que nem sempre estão perto de suas convivências”, realçou.

Claudio Queiroz acredita que quem esteve no Simpósio da Casa saiu com uma noção bastante completa do que é feito cientificamente no Instituto do Cérebro, quais são as metodologias empregadas e quais as possibilidades de colaboração e interação acadêmicas estão disponíveis. Katarina Leão lembra que o simpósio começou como algo interno e agora cresce para se tornar um evento de divulgação científica aberto para todo o público interessado. “No próximo evento vamos divulgar mais cedo para que possamos fazer um evento ainda maior”, finaliza.

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