Pesquisadores do ICe participam de evento internacional sobre microcefalia no Maranhão

 

Os pesquisadores do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (ICe-UFRN), Claudio Queiroz e Eduardo Sequerra, participam, em São Luís, Maranhão, de um workshop internacional sobre Síndrome Congênita do Zika Vírus (SCZV).

O “International School On Machine Learning For Neural Disorders Caused by Zika” é promovido pelo Laboratório de Processamento da Informação Biológica (PIB-UFMA) e acontece no campus central da Universidade Federal do Maranhão. O uso medicinal da Cannabis no tratamento de doenças neurodegenerativas é um dos objetivos do evento que discute ainda o desenvolvimento e aplicação de técnicas de aprendizado de máquina em pesquisas na área da saúde.

Na quinta-feira, 23, eles integraram uma comitiva, formada também por pesquisadores da Paraíba, Rio de Janeiro, Austrália e África do Sul, que visitou a Casa de Apoio Ninar, entidade do Estado que presta assistência especializada a crianças com problemas de neurodesenvolvimento.

Segundo a neuropediatra e diretora clínica da Casa de Apoio Ninar, Patrícia Sousa, a visita foi importante porque promove a integração e permite ampliar os estudos em favor das famílias assistidas. “Vamos firmar uma parceria para desenvolvimento de estratégias tanto de diagnóstico, quanto de tratamento e suporte para as famílias”, sugeriu.

Eduardo Sequerra destacou que abordagem realizada na Casa de Apoio Ninar é uma grande novidade. “Esse cuidado e integração da família ao redor da criança são únicos no país. É uma iniciativa incrível e emocionante. É algo para se sentir orgulho o Estado promovendo um projeto como esse”, comentou.

Segundo o pesquisador, como a rede de atendimento da Casa de Apoio Ninar é grande, bem maior do que a quantidade de pacientes atendidos pela UFRN, é promissora a possibilidade de cruzamento de dados e de avanço da pesquisa na área. “Todas as informações que estão sendo levantadas sobre microcefalia estão dentro desta casa. Está tudo muito organizado aqui no Maranhão, só precisamos agora fazer as perguntas corretas para conseguir levantar informações que sejam relevantes para a vida dessas crianças”, completou.