O processamento de informação no cérebro é intimamente ligado à sincronização das atividades dos neurônios. Para que a sincronia ocorra, é preciso haver uma interação cooperativa de vários tipos celulares que, por fim, coordena todos os processos cognitivos. Porém, os mecanismos pelos quais neurônios geram eventos coordenados eram desconhecidos.
Tentando entender como ocorre essa interação entre diferentes tipos de neurônios, pesquisadores do Instituto do Cérebro (ICe) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) descobriram que as células (neurônios) de Martinotti são capazes de sincronizar a atividade dos principais neurônios do córtex cerebral (células piramidais) que são praticamente responsáveis por todos os processos cognitivos.
A pesquisa foi publicada na revista científica PLOS Biology pelo doutorando Markus Hilscher, pelos professores do ICe, Richardson Leão e Katarina Leão, em parceria com pesquisadores da Universidade de Uppsala (Suécia), Steve J. Edwards e Klas Kullander.
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