O neurocientista Daniel Gomes de Almeida Filho, egresso do doutorado em Neurociências do Instituto do Cérebro (ICe-UFRN), é um dos dez latino-americanos selecionados pela PEW Latin America Fellows. Pesquisadores do Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Equador e México receberão dois anos de financiamento para realizar pesquisas nos Estados Unidos em suas áreas de atuação.
Os bolsistas têm ainda a opção de retornarem à América Latina para lançarem seus próprios laboratórios de pesquisa com financiamento extra. Segundo o programa, 70% dos participantes costumam fazer esta opção.
Neste ano, as pesquisas em desenvolvimento pelos PEW Fellows incluem células imunes no intestino que distinguem micróbios infecciosos de bactérias saudáveis; como o cérebro interpreta e responde apropriadamente ao som; e as estratégias moleculares que as bactérias infecciosas usam para invadir hospedeiros de plantas.
Segundo a presidente do comitê consultivo nacional do programa Pew, Eva Nogales, a turma do ano de 2019 é formada por pesquisadores promissores, dedicados e apaixonados, que têm a capacidade de traçar novos cursos científicos na América Latina. “Estou ansiosa para ver onde seus interesses inovadores de pesquisa os levam”, destacou.
Daniel Almeida é graduado em Engenharia Mecatrônica pela Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC) e em Medicina pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Fez mestrado e doutorado no Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (ICe-UFRN), no Laboratório de Sono, Sonhos e Memória, coordenado pelo professor Sidarta Ribeiro. Atualmente, realiza pós-doutorado na Universidade da Califórnia, Los Angeles – UCLA.
“O instituto do Cérebro é um experimento de sucesso, destacando-se no Brasil e no mundo como referência em Neurociências, por que conta com excelentes cientistas brasileiros e estrangeiros que acreditam principalmente no capital humano que o Brasil possui. A PEW tem mostrado que também acredita nisso. Por isso, é uma honra e uma responsabilidade imensa ter sido selecionado. Como tenho a opção de receber verba adicional para voltar e estabelecer meu laboratório no Brasil no futuro, espero que os brasileiros e nossos governantes também acreditem cada vez mais”, acrescenta Daniel.